Já a noiva do Renascimento, em conseqüência da ascensão da burguesia mercantil, passou a se apresentar com mais luxo, em vestidos de veludo e brocado, ostentando o brasão de sua família e as cores da família de seu noivo.
E neste momento entra em cena a thiara, que passa a ser um adereço obrigatório, antecedendo a conhecida grinalda dos dias de hoje. Uso de anéis era importante para demonstrar o poder financeiro do novo casal.
A corte católica espanhola, no final do Renascimento, determina o preto como cor correta a ser usada, como sinal de moral religiosa. No sul do Brasil sob influência da imigração alemã e em outras regiões do interior do país, as famílias guardam retratos de noivas que, até por volta de 1910, casavam de negro.
Mas o interessante é que neste período, de imposição de um tom escuro para as noivas, é que surge o tradicional vestido branco, vigente até os dias de hoje, reinando absoluto como sinal de bom gosto e elegância.
Existem três teorias para o surgimento do branco. Uns afirmam que a primeira a se vestir de branco foi a italiana Maria de Médici, que aos catorze anos se casou com o herdeiro do trono francês, Henrique IV. Era católica, mas não concordava com a estética religiosa, e escolheu um brocado branco para demonstrar toda a exuberância de sua corte. Mas o grande efeito foi causado pelo decote quadrado com o colo à mostra. “Rica veste branca, ornada em ouro, que mostrava o candor virginal da noiva” – foram as palavras escolhidas por Michelangelo Buonarote, grande artista da época, para descrever o vestido.
Tenham um ótimo fim de semana...
Anajá Schmitz
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